As fraturas do úmero são aquelas que acometem o osso do braço, localizado entre o cotovelo e o ombro.
O úmero é dividido em três partes: proximal, ou seja, mais perto do ombro; diáfise, na região central do osso, e distal, que é a parte superior do cotovelo.
De acordo com o Dr. Henrique P. F. Soutello, ortopedista do Centro Ortopédico Paulistano (COP) e especialista em Ombro, as fraturas que acometem a região diáfise são, geralmente, submetidas a um tratamento conservador.
“Já as fraturas nas partes proximal e distal são mais graves, pois envolvem as articulações do ombro e cotovelo, respectivamente”, afirma o médico.
Apesar de as fraturas do úmero ocorrerem em qualquer faixa etária, alguns grupos estão mais suscetíveis.
O primeiro grupo é o de adultos jovens que sofrem um trauma de grande impacto, como acidentes automobilísticos ou acidentes em geral.
O segundo inclui os idosos, que têm ossos mais frágeis ou apresentam doenças preexistentes, como a osteoporose.
“Esses pacientes estão expostos a traumas mais simples decorrentes, por exemplo, de quedas da própria altura e outros acidentes domésticos”, destaca o médico.
Crianças também são bastante acometidas por lesões nessa região, principalmente na parte distal do osso.
“Nesse grupo, as fraturas são associadas a quedas de skate, bicicleta e outras atividades”, destaca o especialista do COP.
Sintomas e diagnóstico da fratura do úmero
As dores, muitas vezes intensas, são o primeiro sinal de fratura, acompanhadas do comprometimento da mobilidade.
Outros sintomas comuns são: inchaço, hematomas e deformidades.
O diagnóstico é predominantemente físico, com indicação de radiografia e, em alguns casos, da tomografia computadorizada.
Tratamento e recuperação
O tratamento pode variar de acordo com o tipo e a localização da fratura do úmero.
Porém, na maioria dos casos, é conservador e envolve a imobilização do braço com tala de gesso.
Segundo o ortopedista do COP, as cirurgias estão mais indicadas quando há a necessidade de redução e fixação da fratura ou substituição da articulação por uma prótese (artroplastia, que pode ser parcial ou total).
“De qualquer forma, o tratamento deve ser individualizado e considerar o tipo de fratura e o perfil do paciente”, ressalta o Dr. Henrique.
O tempo de recuperação também varia muito de acordo com a região do úmero acometida, faixa etária do paciente e terapia escolhida.
“Nos quadros mais graves, ou seja, que envolvem perda de superfície articular ou traumas de maior energia, as fraturas podem evoluir para dor crônica e perda de movimento e força”, acrescenta o médico do COP.
Atualmente, existem diversos tratamentos para dor crônica relacionada a sequelas de fraturas do úmero.
Entre eles: fisioterapia, acupuntura, infiltrações com corticosteróides e uso de analgésicos.
A boa notícia é que, quando o tratamento é feito da maneira adequada, o paciente pode retornar às atividades rotineiras.
Como prevenir fraturas do úmero
No caso dos idosos, a principal recomendação é evitar quedas, pois mesmo as mais corriqueiras podem provocar fraturas.
O médico do COP preparou algumas recomendações:
– quem já tem problemas de equilíbrio deve usar algum tipo de apoio, como bengala ou andador;
– evitar escadas e pisos molhados e escorregadios;
– usar calçados adequados;
– retirar os tapetes e objetos que podem provocar acidentes domésticos.
Por outro lado, crianças e adultos que praticam esportes de alto impacto devem usar sempre equipamentos de proteção, como cotoveleira, ombreira e protetores para a região do punho.
Para mais informações sobre tipos de fraturas do úmero, diagnóstico e tratamento, entre em contato com a equipe do COP.
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