Torção ou entorse do tornozelo caracteriza-se pela lesão dos ligamentos que ocorre, normalmente, após movimentos anormais e bruscos na região, como virar, girar ou torcer.
Estima-se que esse tipo de lesão seja responsável por até 25% dos casos ocorridos durante práticas esportivas.
Os ligamentos do tornozelo são estruturas elásticas preparadas para esticar e regressar à posição inicial, o que permite realizar atividades físicas, como andar, correr ou pular, sem graves consequências.
No entanto, as lesões podem surgir quando os movimentos executados superam os limites das articulações, incorrendo, assim, em estiramento ou até rompimento dos ligamentos.
De acordo com o Dr. Samuel Cho, especialista em joelho e tornozelo no Centro Ortopédico Paulistano (COP), as entorses do tornozelo podem ser ligamentares, multiligamentares ou associadas a fraturas.
São justamente essas classificações que vão definir o grau de entorse, que pode variar do I ao III, dependendo de quantos ligamentos foram afetados e da extensão dos danos.
A avaliação da gravidade e a escolha pelo tratamento devem ser feitas sempre por um médico ortopedista, com o auxílio de exames de imagem, como raio-x e ressonância magnética.
No grau I, por exemplo, há, geralmente, um estiramento leve, que acontece quando o músculo estica além do normal, porém, são detectadas apenas rupturas microscópicas nas fibras dos ligamentos.
“Nesses casos, o tratamento pode ser caseiro, com repouso, compressa, uso de meia elástica e aplicação de gelo no local”, explica o ortopedista do COP.
Já na entorse grau II, já existe uma ruptura parcial, porém significativa, dos ligamentos, além de maior inchaço e sensibilidade.
“Nesse caso, pode ser necessária uma imobilização com tala e até uso de muletas”, acrescenta o Dr. Samuel Cho.
Finalmente, no grau III, há uma ruptura completa do ligamento, causando dor expressiva, inchaço e dificuldade de locomoção.
“Mesmo nesse estágio, a indicação cirúrgica é rara. Na maior parte dos casos, resolve-se com gesso ou botas especiais, além de fisioterapia”, ressalta o médico.
De acordo ainda com o ortopedista do COP, a recuperação varia conforme o tratamento adotado e condições físicas do paciente.
No entanto, a prevenção é possível, com o uso de equipamentos de proteção adequados para a prática de qualquer esporte, aquecimento antes da realização de exercícios físicos, atividades de fortalecimento muscular e uso de calçados ideais de acordo com o seu tipo de pisada.
Pâmela Rosa, skatista brasileira que competiu nos Jogos Olímpicos de Tóquio, revelou que participou das classificatórias para as finais com uma lesão no tornozelo.
O problema a impediu de ter uma performance satisfatória e culminou com sua eliminação do mundial.
De acordo com a atleta, a torção ocorreu ainda durante a preparação para as Olimpíadas, mas ela optou por seguir nas fases seguintes.
Flávia Saraiva, outra atleta Olímpica, mas da modalidade Ginástica Artística, também sofreu com uma entorse do tornozelo adquirida na fase de preparação para o torneio.
Felizmente, no caso dela foi possível garantir a classificação para a final da trave, embora tenha perdido a vaga no individual geral.
Apesar de não terem sido revelados detalhes médicos da condição das atletas, é sabido que pessoas que já tiveram lesões anteriores podem estar mais suscetíveis a sofrer do problema novamente.
“Por essa razão, um acompanhamento rigoroso das lesões se faz necessário a fim de impedir a evolução para casos mais graves”, ressalta o Dr. Samuel.
Se você ficou com dúvida sobre entorse ou torção do tornozelo, entre em contato com um dos especialistas do COP.
Fonte: Comunica – Assessoria em Comunicação
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