Junho é o mês da conscientização sobre a escoliose, doença caracterizada pela curvatura anormal da coluna vertebral.
Para chamar a atenção sobre o problema, que segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) afeta até 4% da população, foi instituído o Junho Verde.
Só no Brasil, por exemplo, são aproximadamente 6 milhões de pessoas que sofrem desse problema ortopédico.
O que é escoliose?
A escoliose é uma deformidade tridimensional da coluna vertebral e pode se manifestar tanto na infância quanto na adolescência ou, em casos mais raros, na fase adulta, com maior prevalência entre as mulheres.
A doença pode ter diversas origens, como congênita (de nascença), neuromuscular, idiopática (sem causa definida), pós-traumática, degenerativa, infecciosa ou tumoral.
“No entanto, a mais comum é a idiopática, representando quase 80% dos casos”, afirma o Dr. Fabrício Ueno, ortopedista do Centro Ortopédico Paulistano (COP), especialista em coluna.
Normalmente, a escoliose idiopática aparece durante a puberdade, na fase chamada de estirão do crescimento, com maior prevalência nas meninas.
Como é feito o diagnóstico?
De acordo com o médico, não é possível evitar o aparecimento da escoliose, mas o diagnóstico precoce é fundamental para o tratamento adequado.
O especialista ressalta que a doença é silenciosa, ou seja, raramente causa dor ou desconforto. Daí, a importância do Junho Verde para a conscientização sobre o problema.
“O pediatra costuma ser o primeiro profissional a notar algo errado. Porém, a família também pode perceber alguns sinais, ou seja, inclinação da bacia ou assimetria dos ombros”, acrescenta.
Nesses casos, o ortopedista fará a avaliação clínica do paciente e solicitará alguns exames.
Para identificar o eventual aumento da curvatura, o médico também poderá solicitar radiografias em séries, a cada quatro ou cinco meses.
Como é feito o tratamento?
Independentemente da origem ou do tipo de escoliose, o que vai determinar o tratamento é o grau de evolução, daí a importância de intervir de maneira precoce.
“Geralmente, antes da curvatura atingir 50°, o tratamento da escoliose pode incluir o uso de colete, que bloqueia o aumento do desvio”, explica o especialista em coluna do COP.
No entanto, segundo o médico, esse recurso só é indicado enquanto houver chance de aumento da deformidade.
O Dr. Fabrício Ueno complementa que, dependendo do grau da curvatura e da descompensação do tronco, a correção é feita por meio de procedimento cirúrgico.
A boa notícia é que, em qualquer um dos casos e tratamento a ser seguido, o paciente pode ter uma vida normal e praticar atividades físicas.
“A única recomendação para quem usa colete é retirá-lo antes da prática de exercícios físicos e, depois, recoloca-lo”, finaliza o ortopedista.
O Centro Ortopédico Paulistano está funcionando normalmente, com atendimentos previamente agendados e seguindo todos os protocolos de prevenção da Covid-19.
Se você ficou com dúvidas sobre escoliose e demais problemas na coluna vertebral, agende uma consulta com um dos especialistas do COP.
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