No Dia Mundial de Saúde, 7 de abril, a equipe do COP faz um alerta: por conta das medidas de distanciamento social impostas pela pandemia, muitas pessoas deixaram de fazer suas consultas médicas e seus exames de rotina e ainda interromperam a prática de exercícios físicos.
Porém, essa falta de cuidado pode trazer sérias consequências para o metabolismo e aumentar o risco de doenças crônicas.
Um estudo da Universidade de Liverpool acompanhou 45 voluntários ativos e saudáveis, que ficaram, propositalmente, duas semanas parados, suspendendo a prática diária de atividade física.
Como resultado, todos eles desenvolveram algum índice de perda de massa muscular nas pernas, acúmulo de gordura no abdômen, além de aumento no nível de açúcar no sangue e menor sensibilidade à insulina.
Felizmente, no caso dos jovens, o problema foi reversível após o retorno aos hábitos saudáveis. Já para os idosos, os prejuízos parecem ter sido permanentes.
Um outro estudo, publicado no The Journals of Gerontology, comprovou que a interrupção na prática de atividades físicas ocasionou maior resistência à insulina, perda de massa muscular e até mesmo o aparecimento do diabetes tipo dois, sintomas que não foram revertidos mesmo depois do retorno aos exercícios.
Como resultado, além dos danos metabólicos, o aparecimento de dores, cãibras, cansaço e piora na qualidade do sono são comuns para aqueles que interrompem bruscamente a prática de exercícios físicos.
Para o ortopedista do Centro Ortopédico Paulistano (COP), Dr. Samuel Cho, é necessário criar uma rotina que seja sustentável, ou seja, que possa ser mantida apesar das tarefas diárias.
“O overtraining, termo que caracteriza o excesso de exercícios também é prejudicial, bem como a completa ausência de atividades físicas. Por isso, o ideal é que haja uma rotina, de apenas uma hora por dia, mas que seja constante, aliada à uma alimentação balanceada”, recomenda o especialista.
Para aqueles que ficaram muito tempo parados e planejam retomar o hábito de se exercitar, o médico recomenda, por exemplo, começar devagar e ir aumentando o ritmo ao longo do tempo. “Isso para não sobrecarregar os joelhos e ocasionar lesões graves”.
O ortopedista acrescenta que é possível realizar atividades físicas até mesmo dentro de casa, como, por exemplo, alongamentos e agachamentos, desde que não haja sobrecarga dos joelhos. “Também é recomendável fazer uma avaliação cardiológica antes da retomada”, finaliza o Dr. Samuel Cho.
Se você ficou com alguma dúvida, consulte um especialista do COP.
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