Mulheres têm mais risco de lesões esportivas. Mito ou verdade?

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lesões ortopédicas em mulheres

Lesões ortopédicas em mulheres

As estatísticas médicas apontam que as mulheres têm mais riscos de lesões esportivas do que os homens em determinadas atividades físicas.

De acordo com um estudo da PUC-Campinas, a diferença pode chegar a 50% ou 100% dependendo da região afetada.

Os ombros, quadris e joelhos lideram o número de casos, especialmente em esportes que exigem giros ou saltos, como vôlei, handebol, basquete e corrida.

São várias as razões que explicam essa propensão, e uma delas está relacionada às particularidades anatômicas do corpo feminino.

Segundo o Dr. Maurício de Moraes, médico do Centro Ortopédico Paulistano, a tendinite glútea é um exemplo de lesão que afeta três vezes mais mulheres do que homens.

Nessa condição, os tendões dos glúteos, que são os músculos do quadril, inflamam e podem causar dores intensas e bastante desconforto.

“Uma das causas pode ser a sobrecarga nos tendões dos glúteos, que ocorre por conta da perda de massa muscular ou excesso de treino”, comenta o especialista.

Diferenças que aumentam o risco de lesões esportivas em mulheres

Esse, aliás, é um dos fatores que explica a recorrência maior de lesões ortopédicas em mulheres, já que elas possem menos volume de massa muscular, além de uma estrutura óssea menor.

A altura e o peso reduzidos em comparação aos homens também estão relacionados, bem como as questões hormonais.

O estrogênio representa um papel importante na resistência do osso e na frouxidão dos ligamentos, além de interferir no sistema nervoso.

Após a menopausa, há uma diminuição desses hormônios, o que impacta diretamente articulações.

A musculatura da mulher leva à fadiga mais rápido e uma mudança subsequente na mecânica, o que pode forçar as estruturas articulares e contribuir para lesões por overtraining.

Mas é possível evitar lesões ortopédicas?

Apesar de não ser possível alterar questões hormonais e anatômicas, algumas medidas evitam complicações a longo prazo, como osteoartrite e osteoporose.

Uma dieta equilibrada, aliada a níveis adequados de cálcio e vitamina D, é fundamental para a saúde dos ossos.

Os exercícios de fortalecimento muscular também ajudam a preservar a força, o equilíbrio e a coordenação motora.

Mas tudo isso deve ser feito sempre com o acompanhamento de um especialista para evitar lesões ortopédicas, entre outros problemas.

Para mais informações, consulte um dos especialistas do Centro Ortopédico Paulistano.

 

Fonte: Comunica – Assessoria em Comunicação