Recentemente, o tenista sérvio Novak Djokovic foi submetido a uma cirurgia para corrigir uma lesão no menisco do joelho direito.
O atleta terminou o torneio Roland Garros, em junho, com fortes dores decorrentes da lesão.
O problema, no entanto, não deve impedi-lo de buscar a medalha de ouro nas Olimpíadas de Paris, que começam em 25 de julho.
Os meniscos são estruturas semicirculares de fibrocartilagem, localizadas no centro do joelho.
De acordo com o Dr. Samuel Cho, especialista em Joelho do Centro Ortopédico Paulistano (COP), apesar de muito comum no esporte, outras causas contribuem para esse tipo de lesão.
Idade avançada, excesso de peso, doenças degenerativas, como artrite e artrose, ou outro problema que prejudique a articulação do joelho, também são fatores de risco.
Cada joelho possui dois meniscos: um do lado externo (lateral) e outro do lado interno (medial), e ambos funcionam como amortecedores de impacto, absorvendo parte da carga depositada nos joelhos.
A lesão ou rotura do menisco acontece quando os discos de cartilagem localizados entre os ossos do joelho são danificados.
As estruturas semicirculares de fibrocartilagem podem ser lesionadas de forma repentina ou como resultado de um processo degenerativo a longo prazo.
Os casos agudos são, quase sempre, provenientes de traumas ou lesões durante a prática esportiva, a exemplo de Djokovic.
Já os crônicos são comuns em pessoas com mais de 40 anos e ocorrem devido ao próprio desgaste dos meniscos e demais estruturas do joelho com o passar do tempo.
Segundo o Dr. Samuel Cho, os sintomas também ajudam a diferenciar, já que nas lesões agudas, o inchaço e a dor aparecem pouco tempo após o trauma, evoluindo para diminuição da capacidade motora.
Nos casos crônicos, a dor vai aumentando gradativamente até se tornar incapacitante
Independente da classificação, o diagnóstico precoce e uma avaliação clínica detalhada, aliados a exames de imagem, devem ser realizados aos primeiros sintomas.
O ortopedista do COP alerta para a importância do diagnóstico precoce, uma vez que o tratamento conservador costuma responder bem em casos degenerativos.
“Fisioterapia, reabilitação, fortalecimento muscular e medicação podem ajudar a reduzir a dor e acelerar a cicatrização até a recuperação total do paciente”, complementa o médico.
O especialista ressalta, no entanto, que em casos de uma lesão aguda ou degenerativa mais avançada e extensa, em que houve a ruptura do menisco, pode ser necessário o tratamento cirúrgico.
Mesmo nos casos que exigem intervenção cirúrgica, o paciente pode ser submetido a uma artroscopia, procedimento minimamente invasivo, utilizado para tratar problemas dentro da articulação.
A segunda alternativa é a meniscectomia, ou seja, a retirada total ou parcial do menisco, mas é raramente utilizada.
No entanto, a remoção deve ser uma decisão tomada com cautela, já que está associada a altas taxas de degeneração da cartilagem do joelho e outras patologias.
“Quando é realmente necessária, ainda pode-se lançar mão da técnica combinada, ou seja, retirada de parte do menisco aliada à sutura da outra parte, permitindo a recuperação do paciente e o retorno às atividades”, explica o médico.
Para saber como prevenir lesões no joelho e retomar as atividades físicas de forma segura, clique aqui.
E para diagnóstico e tratamento de lesões no joelho, agende uma consulta com um dos especialistas do Centro Ortopédico Paulistano.
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