Muitas pessoas recebem o diagnóstico de hérnia de disco após a consulta com um ortopedista. Mas, o que exatamente isso significa?
A hérnia de disco nada mais é do que um deslocamento do disco intervertebral da coluna, que funciona como uma espécie de amortecedor entre as vértebras.
De acordo com o Dr. Fabrício Ueno, especialista em Coluna do Centro Ortopédico Paulistano (COP), esse disco é constituído por duas camadas: interna e externa.
“Quando o anel fibroso, que é a camada mais externa, se rompe, a camada interna, formada por uma estrutura gelatinosa, se desloca e comprime o canal medular e a medula, ocasionando a hérnia de disco”, explica.
Geralmente, isso é mais frequente na região lombar porque o final da coluna recebe a maior carga no esqueleto axial.
“Além disso, essa parte da nossa coluna tem maior mobilidade e está mais sujeita a lesões”, acrescenta o médico do COP.
Apesar disso, a hérnia de disco pode acometer também as outras duas partes da coluna: cervical e torácica.
A maior parte dos casos acomete pessoas de 20 a 55 anos, pois nessa faixa etária, o disco ainda está hidratado, ou seja, mais maleável.
Com o avanço da idade, essa estrutura sofre uma calcificação, ou seja, fica mais rígida, diminuindo a chance de formação da hérnia.
O sedentarismo, a obesidade e o tabagismo também são importantes fatores de risco.
Trabalhadores que atuam com atividades que envolvem movimento vibratórios, como motoristas de ônibus ou caminhão, estão sujeitos a desenvolver a doença.
Atletas de alto desempenho e quem realiza treinos excessivos, em qualquer modalidade, também apresentam maior chance de ter hérnia de disco.
Já alguns casos estão relacionados à carga genética do indivíduo ou a traumas.
Os sintomas mais comuns são dores irradiadas, ou seja, distantes da origem da causa, para os membros inferiores.
“A dor pode irradiar até a coxa ou, mais comumente, até as pernas e pés. Geralmente, é unilateral, ou seja, afeta apenas um lado do corpo”, explica o Dr. Fabrício Ueno.
Outros sintomas comuns são: diminuição da força, dificuldade para movimentar o pescoço e dormência ou formigamento nos membros superiores ou inferiores.
O diagnóstico inicial é feito a partir da avaliação clínica do paciente, que relata dor, principalmente, nos membros inferiores
O paciente é submetido ao teste de sensibilidade, com a elevação das pernas ou membro acometido.
“Se ele sentir dor com uma inclinação de 30 graus, pode ser hérnia de disco”, explica o Dr. Fabrício.
Para confirmar o diagnóstico, o ortopedista solicita exames de imagem, especialmente, a ressonância magnética da coluna vertebral.
O tratamento pode ser clínico, com fisioterapia, acupuntura, medicações analgésicas e anti-inflamatórias.
Em casos mais graves, pode ser necessário um tratamento intervencionista da dor, com infiltrações e bloqueios na coluna.
“Em último caso, recorremos à remoção da hérnia de disco por meio da endoscopia, que é minimamente invasiva, ou cirurgia convencional”, complementa o ortopedista do COP.
Com exceção da hérnia de disco relacionada à genética, os demais casos podem ser evitados.
O Dr. Fabricio Ueno recomenda:
– Praticar atividades físicas, de 2 a 3 vezes por semana.
– Evitar treinos excessivos ou que causem grande desgaste da coluna.
– Fazer alongamentos, principalmente na região posterior da coxa.
– Fortalecer a muscular lombar e abdominal.
– Evitar traumas na coluna que podem provocar a hérnia ou comprometimentos neurológicos.
Para mais informações sobre causas, diagnóstico e tratamento da hérnia de disco, entre em contato com a equipe do Centro Ortopédico Paulistano.
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